quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Bill Gates, fundador da Microsoft, diz que vai auxiliar a educação pública da América Latina


DA EFE, EM TEXCOCO (MÉXICO)



O magnata e filantropo americano Bill Gates disse na última quarta (13) que o caminho para o desenvolvimento da América Latina passa por "ter um melhor sistema de educação pública", área que quer ajudar a desenvolver ao lado de diferentes parceiros por meio de sua fundação.



Bill Gates viaja pelo mundo para convencer bilionários a doar suas fortunas

"Nos encantaria trabalhar com outros filantropos na região", disse Gates à Efe após inaugurar na cidade mexicana de Texcoco as novas instalações do Centro Internacional de Melhoramento do Milho e do Trigo (CIMMYT), dedicado a pesquisa de produtividade agrícola desde 1966.



O fundador da Microsoft explicou que nos países da América Latina "há algumas boas universidades mas, na média, a educação pública não é o que deveria ser, particularmente na comparação com o Sudeste Asiático".



Ronaldo Schemidt/AFP



Bill Gates fala durante a inauguração de centro de pesquisa bancado por sua fundação em Texcoco, México



Perante o desafio de mudar isso, o também co-fundador da Fundação Bill e Melinda Gates lembrou que "até mesmo países da Ásia com níveis de riqueza inferiores (aos latino-americanos) fazem um melhor trabalho na educação".



"Nossa instituição foca em educação nos Estados Unidos e esperamos que algumas lições sobre avaliação dos professores e a forma como ajudá-los a crescer, como utilizar a tecnologia, (...) sejam levadas a nível global", apontou.



Além disso, considerou importante que os Governos desses países ajam para sanar problemas na área da saúde e erradicar a desnutrição, o que pode prejudicar o "desenvolvimento cerebral" das crianças e impedi-las de "alcançar seu potencial máximo".



No entanto, Bill Gates comentou que alguns países, como Costa Rica, México, Brasil e Chile, "fizeram boas coisas e parece que estão chegando ao ponto em que se olham" mutuamente em busca de conhecer e colocar em prática as políticas públicas de desenvolvimento que funcionaram melhor nos outros.



'FUTURO PROMISSOR'



Sendo uma região de países de indicadores econômicos medianos, em geral, o futuro é promissor, avaliou.



Envolvido em trabalhos filantrópicos desde 2000, Gates se mostrou muito satisfeito com a colaboração que mantém com a Fundação Carlos Slim, empresário mexicano que é a única pessoa no mundo com uma fortuna maior do que a sua.



Ambos trabalham desde 2010 na Iniciativa Mesoamericana de Saúde, mas o magnata americano, à frente da maior fundação privada do mundo, com fundos de US$ 30 bilhões, está disposto a associar-se a outros filantropos privados da região.



A história do empresário americano é peculiar. Do êxito da Microsoft, transformada em uma das empresas de referência em tecnologia da informação no planeta, passou a aplicar "mais de 95%" da sua fortuna em filantropia.



A grande pergunta que ele e sua mulher, Melinda, se fizeram foi se queriam gastar esse dinheiro com eles mesmos ou deixá-los para seus filhos. Como não estavam satisfeitos com nenhuma dessas opções, optaram por devolvê-lo à sociedade, contou.



"Foi uma viagem emocionante juntos, na qual aprendemos sobre saúde, agricultura e educação. Envolvemo-nos muito pessoalmente nesses temas tentando encontrar os inovadores, que é a melhor forma de alcançar os resultados", expressou Gates.



"Um grande marco para nós foi quando nosso amigo Warren Buffet decidiu nos dar a grande maioria da sua fortuna para a fundação. Isso quase duplicou a escala do trabalho que podíamos fazer. Foi muito emocionante e fizemos o melhor que pudemos para corresponder à confiança que ele colocou em nós", acrescentou.



Agora Gates gostaria de ver mais magnatas latino-americanos e de outras regiões do mundo destinando o seu dinheiro a projetos de desenvolvimento, o que ele acredita que eventualmente sucederá.



Ele mesmo promove o Giving Pledge ("promessa de dar"), uma opção pela qual os milionários doam metade de suas fortunas à filantropia.



"Com o tempo, acho que a filantropia aumentará em todas as partes, e certamente compartilho a minha positiva experiência", previu.



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Eike Btista deixa ranking dos 100 mais ricos do mundo, que passa a ter só 3 brasileiros

Jorge Paulo Lemann, Dirce Camargo e Joseph Safra passam a ser os únicos representantes nacionais no ranking da Bloomberg


SÃO PAULO - A forte queda recente das ações de empresas pertencentes ao megaempresário Eike Batista fez com que ele deixasse a lista dos 100 mais ricos da Bloomberg na última quarta-feira (6). Isso mostra que o outrora 8º mais rico do mundo agora detém um patrimônio de menos de US$ 10,8 bilhões, cerca de três vezes menos que o auge, quando a fortuna de Eike era de US$ 30 bilhões.
O ranking da Bloomberg agora conta com apenas três brasileiros. O melhor colocado é Jorge Paulo Lemann, da Ambev (AMBV4) e Lojas Americanas (LAME4), na 38ª posição, com US$ 18,9 bilhões, Dirce Camargo, da Camargo Côrrea e CCR (CCRO3) na 62ª posição com US$ 14,2 bilhões e Joseph Safra, do banco Safra, que atinge a 88ª posição com US$ 11,9 bilhões. Na última sessão, apenas Dirce mostrou aumento em seu patrimônio, em US$ 59,9 milhões. Lemann teve perdas de US$ 267,4 milhões.
O megaempresário viu mais um dia de queda de suas empresas na BM&FBovespa - embora os papéis tenham se recuperado ao longo da sessão -, após a saída de Otavio Lazcano do cargo de CFO (Chief Financial Officer) do Grupo EBX. O executivo havia assumido o cargo há apenas seis meses.
Os papéis da OGX Petróleo (OGXP3) recuaram 1,59%, aos R$ 3,71, enquanto a LLX Logística (LLXL3) caíram 2,36%, atingindo os R$ 2,07, A MPX Energia (MPXE3) teve perdas de 1,20%, aos R$ 9,88, enquanto a OSX Brasil (OSXB3) perdeu 11,62% de valor de mercado, atingindo os R$ 7,00. A MMX Mineração (MMXM3) teve perdas de 0,61% aos R$ 3,25 e a CCX Carvão (CCXC3) registrou queda de 1,66% aos R$ 3,55. Esta última empresa deveria estar com as ações menos voláteis, já que Eike Batista sinalizou a intenção de fechar o capital através de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) ao preço de R$ 4,31 por ação.
Esses valores fazem com que o valor de mercado das empresas de Eike tenham queda de 2,42% somente na última quarta-feira, indo de R$ 24,43 bilhões para R$ 23,84 bilhões. Contabilizando a participação direta de Eike em cada uma das empresas, de acordo com os últimos dados disponíveis pela BM&FBovespa, sua fatia cai de R$ 14,33 bilhões para R$ 13,94 bilhões - queda de R$ 395 milhões. Esse valor equivale à cerca de US$ 200 milhões, de acordo com a cotação desta sexta-feira.
O que acontece com o bilionário?
O grupo EBX se vê pressionado há bastante meses, desde que a OGX anunciou produção de petróleo abaixo do esperado. Desde então, mesmo com promessas de capitalização com o próprio bolso, as empresas do megaempresário desabaram na BM&FBovespa. Eike, que era o homem mais rico do Brasil até seis meses atrás.
Mesmo o aumento de produção no mês de janeiro não aliviou as cotações da OGX, principal empresa do grupo - que operam em patamares antes vistos apenas em 2008. A falta de credibilidade do grupo, com atrasos e problemas operacionais, tem atrapalhado todas as empresas do grupo - analistas de mercado chegam a falar de risco "X". Contudo, os projetos de Eike Batista continuam em andamento, e aos preços atuais, há quem os considere bons investimentos para o longo prazo.





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