quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Conheça a maior ação social itinerante da América Latina





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Há quase uma década percorrendo as estradas brasileiras, a Caravana Siga Bem é considerada a maior ação social itinerante da América Latina, levando cultura, serviços sociais de saúde, higiene, palestras, apresentações de projetos sociais locais, shows musicais, entre outros, aos caminhoneiros por todo o País.
Cultura, serviços sociais de saúde, higiene, palestras, apresentações de projetos sociais locais e shows musicais estão entre as ações
Cultura, serviços sociais de saúde, higiene, palestras, apresentações de projetos sociais locais e shows musicais estão entre as ações
Foto: Mercedes-Benz / Divulgação
A estimativa é que cerca de 1,7 milhão de motoristas já participaram das ações desenvolvidas pelo projeto.
Neste ano, o evento trouxe ao debate tema de grande importância no cenário nacional: o combate à violência contra a mulher. A estimativa é que cerca de 17 mil mulheres foram vítimas de assassinato por razões de gênero. O objetivo da Caravana ao abordar o assunto é levar conscientização tanto para os caminhoneiros quanto para a comunidade dos locais por onde a ação vai passar.
Com patrocínio da Mercedez-Benz e da Petrobras, a Caravana pretende visitar cerca 110 cidades em 22 Estados mais o Distrito Federal, no período de maio de 2015 e fevereiro de 2016. Para isso, conta com uma estrutura de 12 caminhões, quatro vans, dois automóveis e uma equipe de mais de 70 pessoas viajando por todo o país.
Uma novidade desta nona edição do evento é que foi duplicado o tamanho. Com isso, os motoristas terão o dobro de oportunidades para encontrar paradas do evento neste ano.
Nos 12 caminhões que puxam as duas caravanas estão disponíveis para a realização de testes drives em todas as paradas.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Riqueza na América Latina caiu 17% pela alta do dólar

Diego Giudice/Bloomberg News
Notas de 100 pesos argentinos com notas de 100 dólares em um foto arranjada em Buenos Aires, Argentina
Câmbio: desta maneira, a riqueza média na região se situa em US$ 18,5 mil por adulto, frente a uma média global de US$ 52,4 mil
Da EFE
Genebra - A riqueza na América Latina reduziu 17% entre meados de 2014 e de 2015, principalmente pela apreciação do dólar diante da maioria de moedas da região, de acordo com um estudo realizado pelo banco suíço Credit Suisse sobre a riqueza no mundo.
O relatório aponta que, de uma riqueza global de US$ 250 trilhões, US$ 7,4 bilhões correspondem à América Latina, US$ 1,5 bilhão a menos que no período precedente.
Globalmente, a riqueza caiu US$ 12,4 bilhões devido aos movimentos cambiais frente ao dólar, o que constratou com uma tendência que na realidade foi positiva com relação à criação de riqueza no período analisado.
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Desta maneira, a riqueza média na região se situa em US$ 18,5 mil por adulto, frente a uma média global de US$ 52,4 mil.
Os máximos regionais estão na América do Norte (Estados Unidos e Canadá), onde a riqueza acumulada por cada adulto chega a US$ 342 mil, seguidos da Europa, com US$ 128,5 mil.
Segundo os analistas do Credit Suisse, a porção de ativos financeiros aumentou como porcentagem da riqueza total no mundo.
O estudo recalca igualmente que 1% dos indivíduos mais ricos possui a metade de toda a riqueza doméstica do planeta.
Entre os exemplos que o relatório oferece figuram as economias do Chile e Brasil, duas que se destacam na região latino-americana.
Os autores do relatório comparam a economia chilena com as da Argentina e Brasil e concluem que o Produto Interno Bruto (PIB) da primeira cresce a um ritmo mais acelerado (34% superior ao argentino e 22% acima do brasileiro), enquanto a inflação é menor.
A constatação mais surpreendente tem a ver com o "contraste da riqueza doméstica" entre estes países, pois a dos lares no Chile é "mais do que o dobro" que no Brasil e "quatro vezes maior " que na Argentina.
Desde o ano 2000, a riqueza por pessoa no Chile progrediu 171% e está dividida quase em partes iguais entre ativos financeiros e bens imóveis.
Os ativos do primeiro tipo se expandiram graças a uma baixa inflação, mercados financeiros bem desenvolvidos e um sólido sistema de pensões.
Em comparação com o resto do mundo, o Chile tem mais pessoas no setor de US$ 10 mil a 100 mil de riqueza e menos abaixo de US$ 10 mil e acima de um milhão.
Sobre o Brasil, o relatório destaca que a riqueza doméstica quase triplicou entre os anos 2000 e 2014, passando de US$ 8 mil por adulto a US$ 23,4 mil no ano passado.
No entanto, a queda de cerca de 30% do real frente ao dólar entre meados de 2014 e de 2015 reduziu o valor da riqueza por adulto a apenas US$ 17,6 mil.
Os analistas disseram que, deixando de lado as oscilações da taxa de câmbio, a riqueza na realidade subiu 5,9% no Brasil ao longo desses 12 meses e aumentou a uma média anual de 5,7% desde 2010.
O Brasil também tem mais população na categoria de US$ 10 mil a 100 mil comparativamente ao resto do mundo, o que não significa que as desigualdades sejam menores do que a média mundial, esclarece o Credit Suisse.
Essas desigualdades se refletem na renda, que por sua vez são produto dos grandes desníveis na educação e da persistente lacuna entre a economia formal e informal.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Líderes vão discutir cenário atual da América Latina

Publicado em 09/10/2015, às 09h11 | Atualizado em 09/10/2015, às 09h12
Da Agência Globo
Acordo de Parceria Transpacífica, que reúne EUA, Japão e mais dez países (México, Peru e Chile da América Latina), será um dos temas da reunião / Foto: AFP Acordo de Parceria Transpacífica, que reúne EUA, Japão e mais dez países (México, Peru e Chile da América Latina), será um dos temas da reunião Foto: AFP
Líderes empresariais, políticos e de organismos multilaterais de toda a América Latina se reúnem na próxima semana no Rio de Janeiro para discutir como construir uma “América sem Fronteiras”. Este será o tema da XXVI Assembleia Plenária do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), nos dias 15 e 16 de outubro. Com discussões que vão de democracia a investimentos, passando por educação, serviços, inovação e agronegócio, a conferência busca a integração da região.
— Este encontro tem o objetivo de promover o entendimento para buscar uma América Latina mais conjugada. A economia da América Latina corresponde a US$ 9 trilhões, enquanto Estados Unidos e União Europeia têm Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 18 trilhões, cada um, e a China, de US$ 16 trilhões. É um peso razoável no contexto internacional e que tende a subir — afirma o presidente internacional do Ceal, Ingo Plöger.

Ele destaca que, apesar da previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que a região de América Latina e Caribe terá recessão de 0,3% este ano, as potencialidades a médio prazo e a importância da região em questões como segurança alimentar e energética e investimentos em infraestrutura sugerem que este é o momento para avançar na integração.

TPP NA PAUTA - Um dos painéis do encontro vai discutir os grupos formados por diferentes países do continente, como a Aliança do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e México), o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e a Aliança para a Prosperidade (El Salvador, Guatemala e Honduras). Também estará na pauta o novo Acordo de Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), que reúne EUA, Japão e mais dez países, sendo três da América Latina: México, Peru e Chile. O TPP foi fechado na última segunda-feira.

— O TPP é uma movimentação do tabuleiro do comércio internacional. É muito cedo para falar em ganhos e perdas, mas certamente é um movimento forte e terá consequências grandes nos países envolvidos — diz Plöger.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Luiz Fernando Pezão confirmaram participação no encontro.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nº de mortes em desmoronamento na Guatemala sobe para 152

Cerca de 300 pessoas ainda estão desaparecidas

5 out 2015 22h23

atualizado em 6/10/2015 às 13h15


Autoridades da Guatemala elevaram nesta segunda-feira para 152 o número de mortos em um desmoronamento ocorrido na quinta-feira passada em um assentamento próximo à capital e esperam que as chuvas aumentem durante as próximas horas, o que dificultará os trabalhos de resgate das 300 pessoas que ainda estão desaparecidas.
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Foto: EFE
"Até o momento 152 pessoas falecidas na comunidade El Cambray II. Os trabalhos continuam", publicou a procuradoria guatemalteca em sua conta no Twitter.
Por sua vez, a estatal Coordenadora Nacional para a Redução de Desastres (Conred) confirmou o número de 144 mortos, já que maneja números mais lentamente para cumprir todos os protocolos oficiais.


Imagem aérea da região afetada
Imagem aérea da região afetada
Foto: EFE
Deles, 40 estão identificados (28 adultos e 12 menores de idade) e 68 ainda não foram reconhecidos (43 adultos e 25 menores).
O número restante, 36, corresponde a restos humanos dos quais as autoridades até o momento não puderam determinar nem sexo nem idade devido ao mal estado no qual se encontram.
O diretor do Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia (Insivumeh), Eddy Sánchez, disse à Agência Efe que há previsão de mais chuvas para as próximas horas.


Cerca de 1.200 pessoas ajudam nas buscas
Cerca de 1.200 pessoas ajudam nas buscas
Foto: Divulgação/BBC Brasil
Sánchez detalhou que "a quantidade de chuva é bem pouca, mas muito persistente" e acrescentou que, devido às condições do terreno, "preocupa" pelo risco possam causar mais desmoronamentos, porque o solo "já superou" seu poder de absorção.
As autoridades retomaram ao meio-dia de hoje as escavações e a remoção da terra em busca dos desaparecidos de El Cambray II assim que o clima permitiu.
Segundo confirmaram fontes oficiais, no local também foram encontrados 17 cachorros, sete gatos, um papagaio em espécie de extinção e várias galinhas.


Foto: EFE

Foto: EFE

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Beatriz Sarlo: sucesso da América Latina depende do Brasil

Criado em 03/07/15 06h31
Por Akemi Nitahara Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O Brasil é uma potência mundial e os países vizinhos torcem para o seu sucesso, pois dependem dele para também se desenvolver, disse a escritora argentina Beatriz Sarlo, uma das principais atrações da 13ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
Ela comparou ontem (2) as viagens que o escritor Mário de Andrade, o homenageado deste ano na Flip, fez no fim da década de 1920, relatadas em O Turista Aprendiz, e suas próprias viagens pela América Latina, na década de 1960, registradas no livro Viagens: da Amazônia às Malvinas, Beatriz diz que, ao contrário do modernista, que era um etnógrafo e buscou retratar as manifestações culturais regionais, ela própria “era totalmente ignorante”.
“Foi uma viagem de aprendizagem. Aprendi enquanto trabalhava, eu não sabia nada de nada, imaginava que havia uma revolução na América Latina e que seríamos um povo unido e revolucionário”, disse.
De acordo com ela, a revolução que se imaginava na época em que o continente estava tomado por ditaduras militares não ocorreu. Porém, muita coisa mudou e fez com que a América Latina se tornasse um continente viável atualmente.
“Seja lá o que se pensa sobre a revolução que teve com o Evo Morales na Bolívia, a que começa com o período do Fernando Henrique no Brasil e continua ainda", ela acha que a evolução do continente ocorre com uma grande potência no meio, que é o Brasil, e "todos rezam para que seja um país bem-sucedido, porque todos serão bem-sucedidos" junto com ele.
Beatriz ressaltou que o Brasil é muito grande, é o primo rico do continente e se estabelece como potência mundial, apesar dos problemas. “Aqui há muita corrupção, mas no meu país também tem e não há ninguém preso por isso. Na Argentina, jamais um 'mão direita' do presidente vai para a cadeia. Houve mudanças muito importantes”, salientou.
Sobre literatura, Beatriz Sarlo afirmou que a crítica literária perdeu importância, que atualmente “não ajuda mais a vender livros”. Acrescentou que dificilmente a atual geração deixe algum clássico, tanto na literatura quanto na música.
“Para os jovens que estão entrando na escola hoje em dia, os clássicos são a cultura do passado, a ideia do que é clássico está em crise. Para os que são 15 anos mais jovens do que os que estão aqui, acho que nem temos clássicos da música pop. Na minha época, era muito claro que o clássico eram os Beatles", destacou.
Beatriz Sarlo participou da abertura da Flip na quarta-feira (1º), quando apresentou uma perspectiva das vanguardas latino-americanas das décadas de 1920 e 1930 . Neste sábado, a escritora volta à Tenda dos Autores, na mesa Turistas Aprendizes, para debate sobre a literatura de viagem com a portuguesa Alexandra Lucas Coelho, que cobriu, como correspondente do jornal Público, conflitos armados no México, Afeganistão, Iraque e Egito, além de ter passado um ano no Brasil, que resultou no livro Vai, Brasil, lançado no ano passado.